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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 20 de Março de 2019 às 18:04

Acadêmico de Engenharia de Pesca recebe prêmio de melhor trabalho em simpósio de Ictiologia


O estudante Ruineris Cajado, do curso de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), conquistou o prêmio de melhor trabalho em formato de pôster da Early Life History Section American Fisheries Society, no I Simpósio de Ictioplâncton e XXIII Congresso Brasileiro de Ictiologia, eventos simultâneos ocorridos nos dias 27 a 31 de janeiro de 2019 em Belém, PA.

O trabalho “Composição, abundância e distribuição horizontal e vertical de ovos e larvas de peixes no trecho Baixo do Rio Amazonas, Pará” foi desenvolvido no Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton e orientado pelo professor Diego Zacardi. Também colaboraram na pesquisa o discente Lucas Oliveira, do bacharelado em Biologia, e a técnica de laboratório Maria Aparecida de Lima.

Sobre a pesquisa - Oriunda do projeto de iniciação científica “Monitoramento do ictioplâncton no Baixo Amazonas: subsídio para avaliação pesqueira e manejo dos recursos naturais no Oeste do Pará”, a pesquisa descobriu que boa parte das espécies comerciais de peixes da região têm o desenvolvimento inicial nas margens do rio. Das 37 espécies encontradas, 80% são de interesse comercial, como o aracu e o filhote. A pesquisa foi realizada no período de dezembro de 2017 a abril de 2018 no trecho do rio Amazonas entre a Ilha das Marrecas e a orla de Santarém.

 “Nós verificamos que a maior densidade de larvas estava concentrada na região marginal do rio e as maiores quantidades estavam em estágio muito inicial [de desenvolvimento]. Essa região funciona como área de intercâmbio entre o rio e as planícies de inundação, que são os lagos”, explica Ruineris. Os lagos funcionam como verdadeiros berçários, pois concentram uma grande quantidade de nutrientes e permitem que os peixes completem a fase inicial de crescimento.

A pesquisa mostra que a região ainda está sendo utilizada como área de desova e berçário de diversas espécies, mas o professor aponta para a importância de monitorar o desenvolvimento das espécies para poder orientar medidas do ordenamento pesqueiro, auxiliar políticas de gestão ambiental, áreas de conservação e manutenção de recursos pesqueiros.

“Qualquer alteração no ambiente pode impactar sobremaneira o recrutamento dessas espécies, que é quando ela passa da fase de larva para a juvenil”, afirma Zacardi.

 “Mesmo que essa larva esteja em fase muito inicial, os ovos demoram até 16 horas para eclodirem. Então a desova pode não ter ocorrido em um trecho próximo; se compararmos a quantidade de horas desde a desova e a velocidade do rio, é possível entender quantos quilômetros ela percorreu. Por isso, tanto ações antrópicas aqui, quanto em regiões mais superiores do rio podem alterar essa quantidade de larvas”, finaliza o estudante.

Comunicação/Ufopa

5/2/2019

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