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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 23 de Novembro de 2022 às 09:49

Fitoterápicos para combater ansiedade produzidos na Farmaufopa são entregues


Técnicos da Farmácia Universitária da Ufopa (Farmaufopa) entregaram na manhã desta quarta-feira, 16, a primeira remessa de medicamentos fitoterápicos, prescritos para auxiliar no combate à ansiedade, a base de Passiflora spp produzidos a partir de um acordo de cooperação técnica firmado entre o Instituto de Saúde Coletiva (Isco), da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), a Assessoria de Relações Interacionais (Arni), a Arquidiocese de Santarém e a Congregação das Irmãs Franciscanas de Maristella, em 2020.

O motivo para a escolha da Passiflora spp se dá pelo fato de estudos científicos comprovarem que o uso da planta alivia sintomas relacionados à saúde mental, conforme esclareceu o diretor do Isco, Prof. Dr. Wilson Sabino: “Esse medicamento fitoterápico combate a insônia e ansiedade leves. É importante para evitar que as pessoas passem a consumir medicamentos mais pesados”.

Sabino explicou ainda que neste primeiro momento a Farmaufopa recebeu insumos para realizar mil atendimentos. A capacidade de produção é para cinco mil atendimentos. Ele explicou que uma pessoa pode precisar de mais um atendimento. “Depende da prescrição médica, do tempo em que deverá tomar o medicamento”, esclareceu ele, que fez questão de ressaltar que na Farmaufopa “não fazemos diagnóstico”.

A ação faz parte do plano “Promoção da Saúde Mental em Momentos de Pandemia através da Fitoterapia em Comunidades do Oeste Paraense”. Professores, técnicos e acadêmicos da Farmácia Universitária estão envolvidos nessa iniciativa para ajudar pessoas que desenvolveram sintomas de estresse, insônia e ansiedade leve em decorrência da pandemia de covid-19.

Ciência e religião – Para o arcebispo da Arquidiocese de Santarém, Dom Irineu Roman, este é um momento importante. “É uma alegria imensa, a gente como entidade religiosa, fazer uma parceira a nível científico, porque a universidade trabalha através da ciência, com a aprovação federal, dos órgãos competentes da Anvisa, para a produção desses remédios que atendem a casos leves de ansiedade, questões de angústia, de tristeza, tudo aquilo que a pandemia provocou no meio da nossa sociedade, principalmente junto às pessoas mais vulneráveis, mais pobres, que sentiram mais essa situação".

Nessa primeira etapa de produção, pretende-se fabricar mil frascos, com 60 cápsulas cada. A distribuição desses fitoterápicos será gratuita, mediante prescrição. Na Farmaufopa, a prescritora é a farmacêutica residente Jaqueline Silva Portela.

A professora Saíde Maria dos Santos, que está se recuperando de uma cirurgia em decorrência de um AVC, foi uma das primeiras a receber os medicamentos fabricados por meio desse acordo de cooperação. Ela foi encaminhada por uma das Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Prefeitura de Santarém. Ela disse que prefere os medicamentos “naturais” e está muito feliz em poder continuar o tratamento com o medicamento, distribuído de graça, para tratar a sua ansiedade: “Depois que eu tive o AVC eu não voltei a trabalhar, eu não teria como pagar por esses remédios”.

Cultivo de plantas medicinais – Neste primeiro momento, a produção dos medicamentos está sendo feita a partir de recursos vindos da Associação Cáritas da Alemanha. Para seguir com a produção, os insumos serão cultivados em quatro comunidades ribeirinhas da região de Santarém: Suruacá e Parauá (rio Tapajós), São Pedro (rio Arapiuns) e Arapixuna (rio Amazonas). Dom Irineu também ressaltou outra questão envolvida nessa parceria: o meio ambiente, isso “porque lá onde acontece a produção trabalha-se a questão da proteção ambiental, a questão ecológica”, entre outras, concluiu o arcebispo da Arquidiocese de Santarém.

Comunicação/Ufopa
16/11/2022

Equipe da Farmaufopa e pacientes durante dispensação de medicamentos, 16/11/2022. Foto: Ascom/Arquidiocese.

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