Ultima atualização em 14 de Maio de 2021 às 15:24
Neste dia 8 de março, mulheres que atuam nos serviços gerais recebem homenagem da Reitoria e da Sinfra
A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) não parou durante a pandemia. Assim foi também com as mulheres que ocupam cargos nas empresas terceirizadas que prestam serviços gerais, como agentes de portaria, limpeza e segurança. Neste dia 8 de março elas receberam uma homenagem da Reitoria e da Coordenação de Gestão ambiental (CGA/Sinfra) que tem à frente Erielma Amorim. Seguindo rigorosos protocolos de biossegurança, elas participaram de um café da manhã nas instalações do Restaurante Universitário (RU), que está fechado por causa da pandemia . Também foram presenteadas com uma caneca personalizada e recheada de chocolates. A ideia é que elas usem cada vez menos descartáveis.
A reitora em exercício, Prof. Dra. Aldenize Xavier, deu boas-vindas às trabalhadoras e fez questão de relembrar os protocolos de biossegurança que devem ser seguidos durante as atividades. “Vocês precisam continuar usando máscara, desinfetando as maçanetas, as superfícies por onde passam, pois, mesmo com a maioria das salas vazias, não sabemos o que esteve por lá. Vocês precisam continuar se cuidando”. Agradeceu o trabalho das mulheres, que não foi interrompido durante a pandemia. Apenas as mulheres do grupo de risco pararam, por algum tempo.
Só na Itororó Serviços Especializados, responsável pela limpeza, são 38 mulheres, de um total de 63 funcionários. Entre elas, dona Ana de Sousa Amaral, de 57 anos. Neste mês, completa 13 anos atuando dentro da Universidade. “As empresas mudam, mas eu continuo”, diz ela. Mãe solteira, concluiu até a 6a série do ensino fundamental. Hoje, agradece pelo trabalho. “Eu me sinto uma vitoriosa, mesmo com essa idade tenho disposição para o serviço. É como se fosse a minha caminhada diária”. E completa: “Se parar, a gente enferruja”.
Também aos 57 anos, dona Maria José Mota de Sousa faz dobradinha com dona Ana nos serviços gerais de limpeza dentro da Universidade. Ela atua há 4 anos neste trabalho e diz que também tem muita disposição. “Sou feliz, porque é daqui que tiro o sustento da minha família. Nesses tempos em que o trabalho está difícil, temos de agradecer”, afirma, ao lembrar da filha, pedreira, que não está conseguindo trabalho.
Na equipe da Itororó, encontrei também a jovem Dalgisa Silva, de 26 anos. Cheia de esperança, ela sonha em um dia fazer um curso superior: “Quero ser engenheira civil”. Para ela, tão importante quanto receber um “Feliz Dia da Mulher”, é receber esse reconhecimento. “Ser reconhecida pelo que a gente é, pelo que a gente faz é muito importante”, concluiu, com belo sorriso no rosto.
“Esta mulher anda sempre armada e a arma dela é a simpatia”. A afirmação é do superintendente de Infraestrutura (Sinfra), Vítor Viana, ao se referir à agente de portaria Waldinéa Márcia Nascimento Sousa, 43 anos, prestadora de serviço na empresa Lógica, responsável pela segurança na Universidade. “Eu trabalho no turno das 14h às 23h, e nesse horário a maioria dos meus colegas são homens”. Ela diz que, às vezes, eles não a reconhecem como capacitada para a função, pelo fato de ser mulher. Mas ela diz que não se intimida: “Faço minhas obrigações com responsabilidade e atenção e sigo tratando bem todas as pessoas”.
Também estiveram presentes à homenagem servidores da Sinfra, servidores da Reitoria e o representante da empresa Itororó, Lailson Albarado.
Texto e fotos: Lenne Santos – Comunicação/Ufopa
05/03/2021
