Ultima atualização em 2 de Dezembro de 2022 às 11:49
Executado em parceria entre a The Nature Conservance do Brasil (TNC) e a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), o projeto “Conservação de Base Comunitária em ecossistemas de água doce: rio Tapajós", ou simplesmente projeto Águas do Tapajós, reuniu pesquisadores e parceiros nos dias 28 e 29 de novembro na vila de Alter do Chão para executar mais uma etapa de planejamento para as ações da fase 2. Entre as novidades está a área de atuação, que desta vez alcançará comunidades do Baixo Amazonas. As ações de monitoramento no rio Tapajós também foram ampliadas. As pesquisas de campo estão previstas para ocorrer ao longo do ano de 2023 e contarão com apoio direto dos moradores das comunidades ao longo da área de atuação das ações.
TNC Brasil – Pela TNC Brasil, participaram da oficina a diretora científica, Edenise Garcia; a gerente adjunta de Povos Indígenas, Juliana Simões; a especialista em conservação Lucilene Amaral; a especialista em gestão de projetos (Pará) Maria Cecília Zanetti; o especialista em finanças Leandro Kitazona; e a advogada especialista em direito ambiental Alcione Costa.
Para Simões, a oficina conseguiu alcançar o objetivo de integração. “Esse momento é importante para que a gente possa criar essa sinergia da Turiarte e Sapopema – que são os dois novos parceiros – com a Ufopa e o Mopebam. Aqui, o momento foi para criar essa sinergia da universidade com essas organizações. Nós conseguimos fazer essa aproximação”, concluiu.
“Nesta segunda fase, teremos ações diferentes de acordo com cada eixo. No eixo da biodiversidade, vamos manter o monitoramento no rio Tapajós. Além das coletas aquáticas envolvendo ictioplânctons, peixes, algas, quelônios, agora entra outro componente, que é o componente de invertebrados, tanto no rio Tapajós como no Arapiuns, na região do Baixo Amazonas”. A afirmação é da coordenadora geral do projeto, Prof. Dra. Iracenir Andrade dos Santos. Ela citou ainda o crescimento do projeto, que teve a área ampliada.
“Dentro do eixo de comunidades, vamos continuar fazendo as pesquisas e compartilhamento dos resultados, tanto da primeira fase como da segunda fase, mas também a gente vai ter algumas ações de intervenção nas comunidades, além de desenvolver ações junto com parceiros, como Turiarte e Sapopema”, explicou Iracenir. Para a professora, uma das partes mais importantes do projeto é “ter os comunitários como aliados nos objetivos de conservação dos ecossistemas de águas doce”.
O Prof. Tony Porto, da Ufopa, trabalha com avaliação dos recursos pesqueiros e monitoramento da pesca no rio Tapajós. "Na primeira fase, foi feito todo o monitoramento das informações relacionadas à caracterização dos atores envolvidos, sobre as atividades que eles desenvolvem, sobre os ambientes que eles utilizam e as principais espécies capturadas. Agora, neste segundo momento, nós voltaremos às comunidades para fazer o trabalho de monitoramento. As pessoas que residem nas comunidades farão o acompanhamento do embarque pesqueiro, comprovando as informações que foram ditas na primeira e demonstrando variações que possam estar ocorrendo", explicou. Ele ressaltou ainda a importância da oficina para a integração entre os "atores" do projeto.
Parceiros – Participaram da oficina, além da equipe de professores da Ufopa ligados ao projeto Águas do Tapajós, integrantes do Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Baixo Amazonas (Mopebam), da Sociedade para Pesquisa e Proteção do Meio Ambiente (Sapopema) e da Cooperativa de Turismo e Artesanato da Floresta (Turiarte).
Comunicação /Ufopa
02/12/2022
