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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 23 de Fevereiro de 2022 às 17:26

José Seixas Lourenço (Jornal da Ufopa, dezembro 2010)

COM A PALAVRA, O REITOR
(apresentação do Jornal da Ufopa, dezembro 2010)

 

José Seixas Lourenço, reitor pro tempore da Ufopa

É com imensa satisfação que damos início à publicação do jornal institucional da UFOPA, com o objetivo de informar aos docentes, técnicos em educação, alunos e comunidade em geral sobre os principais fatos, acontecimentos e ações que marcarão a história da primeira universidade pública federal sediada no interior da Amazônia. Como os leitores poderão ver, nesta primeira edição, os desafios – e os avanços também são muitos para uma universidade que se propõe a ser um vetor de desenvolvimento local e de integração regional, através de uma arquitetura acadêmica inovadora, baseada na interdisciplinaridade e voltada à formação competente e cidadã de seus estudantes.

Neste seu primeiro ano de existência, a UFOPA tem-se empenhado na formação de corpo técnico-docente qualificado e na ampliação de sua infraestrutura. Mais de 9 milhões de reais estão sendo investidos em obras estruturantes, como a construção do prédio do Instituto de Ciências da Educação (ICED), no Campus Rondon, e do Bloco de Salas Especiais de Ensino, no Campus Tapajós, que visam à melhor acomodação de alunos e servidores.

A implementação de novo modelo acadêmico, com 33 cursos de graduação, e a adoção do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) como via exclusiva de acesso a esses cursos são outras inovações adotadas pela nossa universidade com o objetivo de melhor atender às demandas de uma região com uma economia e cultura peculiares.

Por isso, temos a certeza que a implementação de uma universidade federal no Oeste do Pará significa um novo impulso para a modernização desta região historicamente marcada pelo extrativismo vegetal e mineral e com índice de desenvolvimento humano abaixo da expectativa.

A expansão da rede de Ensino Superior pública e a consequente ampliação do investimento em Ciência e Tecnologia promoverão a inclusão social e terão um significativo impacto no processo de desenvolvimento social, o que inclui a Educação Básica. Exemplo disso é o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR), já em plena execução pela UFOPA em vários municípios da região, com os professores leigos de escolas municipais e estaduais recebendo formação graduada em suas respectivas áreas de ensino.

Vale lembrar que UFOPA já nasceu como uma universidade de porte médio, formada a partir das instalações, recursos humanos e materiais da UFPA e UFRA em Santarém, incluindo os núcleos da UFPA em Oriximiná, Óbidos e Itaituba e as antigas instalações da SUDAM em Santarém. Dessa forma, suas atividades devem impactar, de forma positiva, uma vasta área de mais de 500 mil quilômetros quadrados, que envolve 20 municípios das regiões do Baixo Amazonas e Sudoeste Paraense. Seu formato multicampi, com polos em Santarém (sede), Alenquer, Itaituba, Juruti, Monte Alegre, Óbidos e Oriximiná, tem por objetivo a universalização das oportunidades de formação qualificada à maioria dos municípios, com fixação de competências em vários locais, como forma de reduzir as assimetrias regionais. Este modelo institucional permitirá o desenvolvimento socioambiental de cada subespaço da região Oeste do Pará, servindo, ao mesmo tempo, de polo integrador desses subterritórios entre si e com as demais áreas da Amazônia.

Dada a sua localização privilegiada, no coração da Amazônia continental, a UFOPA tem a clara vocação para tornar-se uma Universidade da Integração Amazônica, aberta aos demais estados da região, bem como aos países pan-amazônicos. Também faz parte dos objetivos e missões da UFOPA a cooperação internacional transfronteiriça, com a construção de vínculos institucionais duradouros em atividades de pesquisa, formação de profissionais e extensão, em temas de interesse comum entre os parceiros, formando uma rede multi-institucional com a participação dos estados brasileiros amazônicos e dos países-membros do Organização do Tratado da Cooperação Amazônica. A Amazônia passa então a ser vista como o lugar privilegiado de uma experiência pioneira e criativa, cabendo ao Governo Federal a responsabilidade de lidar com esse imenso patrimônio como uma questão regional, nacional e global.

 

Jornal da Ufopa, Santarém (PA), Ano 1, n. 1, p. 2, dezembro de 2010.