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Ultima atualização em 29 de Janeiro de 2024 às 12:53

Queda de mesmo nível

29 de Janeiro de 2024 às 12:49

 

Segundo o Ministério Público do Trabalho, entre os anos de 2012 e 2017, estima-se que ocorreram aproximadamente 4,46 milhões de acidente de trabalho no Brasil, entre acidentes registrados e não registrados.


As quedas de mesma altura (também chamadas de queda ao mesmo nível, ou queda de própria altura) representam um substancial agente causador de acidentes de trabalho por todo o mundo.


A queda da própria altura é a situação onde a vítima perde o equilíbrio, caindo no mesmo nível em que se encontra, geralmente logo após escorregões ou tropeços, podendo ou não haver lesões. Cabe destacar que a queda de mesma altura necessariamente, requer a presença de superfícies planas ou com inclinações inferiores a 5%, ou seja, quedas no mesmo nível. Quedas em escadarias, rampas ou quedas de trabalho em altura são consideradas quedas com diferença de nível.


Em relação aos dados emitidos pelo SmartLab, plataforma disponibilizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2022, a queda do mesmo nível é o segundo grupo de agente causador que mais gera acidentes com notificação via CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho), com 12,7% das notificações. 


Na União Europeia, as quedas da própria altura causaram, entre janeiro de 2017 a outubro de 2018, acidentes que resultaram em 30% do total de afastamentos do trabalho por até 07 dias.


As quedas frequentemente ocorrem por um somatório de fatores, sendo difícil restringir um evento de queda a único fator de risco ou agente causal. Esses fatores são classificáveis em fisiológicos e ambientais. 


Os fatores fisiológicos - intrínsecos – estão relacionados ao gênero, idade, obesidade, condição muscular, uso de substância psicoativa entre outros. Enquanto os fatores ambientais – extrínsecos - incluem em especial as características e condições dos calçados e os possíveis defeitos e contaminações presentes nos pisos.


Como fatores de riscos para as quedas, pode-se citar o campo visual do indivíduo, o excesso ou baixo nível de iluminação, a idade do trabalhador, sua condição física, fadiga, pressa, umidade no piso, desgaste no piso, desníveis, materiais no caminho (como fios e cabos), contaminação no piso (ex.: areia, óleos, etc), características do calçado (material de confecção e tipo de solado), assim como desgaste do solado do calçado.


É importante ressaltar que, apesar desse acidente ser de baixa energia cinética, pode ocasionar lesões graves, potencialmente letais.


Então servidor... Você já parou para pensar em como você anda e por onde você anda? É importante fazer uma pausa e observar esses pontos, pois são fatores que podem concorrer para uma queda.

Agora que você já conhece os fatores que podem ocasionar quedas de mesma altura, vamos tratar do que você precisa estar atendo para evitar tal acidente: 

  • Prefira calçados com solado antiderrapante. Solados com pouco ou nenhuma atrito com o piso favorecem escorregões. Também esteja atendo ao tipo de salto. Saltos finos não são bons para o cotidiano, prefira o tipo bloco, de média a baixa altura;
  • Tenha atenção quando caminhar. Piso danificado, molhado, com sujidades, ou mesmo objetos deixados pelo caminho podem fazer você tropeçar ou escorregar e cair;
  • Quando estiver carregando sacolas, distribua as sacolas em suas mãos de modo que você possa equilibrar o peso e manter uma boa área de visão enquanto caminha;
  • Quando estiver usando mochila, a mantenha devidamente ajustada para evitar o balanço excessivo. Além disso, evite carregá-la muito pesada ou mesmo correr com ela nas costas. Em alguns casos, é preferível optar por mochila com rodinhas;
  • Realize a prática de atividades físicas para fortalecimento muscular e aumento da flexibilidade.

 

REFERÊNCIAS: 

 

  • Da Silva, M. G. M., Guelbert, M., Guelbert, T. F., Candido, J., & Ramos, C. F. da S. (2021). Prevenção a queda da própria altura: um estudo teórico empírico. Brazilian Journal of Business, 3(1), 147–163. Acesso em: jan/2024.
  • Ministério Público do Trabalho. SmartLab – Segurança e Saúde no Trabalho. Perfil dos Casos – CAT. Disponível em: <https://smartlabbr.org/sst/localidade/0?dimensao=perfilCasosAcidentes>. Acesso em: jan/2024.
  • Parreira JG, Vianna AMF, Cardoso GS, Karakhanian WZ, Calil D, Perlingeiro JAG, et al.. Lesões graves em vítimas de queda da própria altura. Rev Assoc Med Bras. Acesso em: jan/2024.
  • Silva, Melchior Gonçalves Moreira da. Prevenção a quedas da própria altura sob preceitos da norma ISO 45001/2018: um estudo de caso no campus Campo Mourão – Campo Mourão, 2019. Acesso em: jan/2024.

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