Ultima atualização em 12 de Setembro de 2024 às 16:17
Objetivo é descrever a riqueza de plantas, métodos, práticas de cura e a relação da comunidade com a biodiversidade, destacando o uso das plantas na manutenção da saúde e na identidade cultural dos quilombolas.
Encontrar respostas de como os produtos da sociobiodiversidade podem gerar valores socioeconômicos e ambientais. Este é o objetivo do projeto “Pesquisa e Desenvolvimento de Bioprodutos Amazônicos Visando à Produção Animal e Vegetal Sustentável”, realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). Financiada pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa), o estudo é realizado na comunidade quilombola Ariramba, que é composta por 27 famílias e está localizada na divisa dos municípios de Óbidos e Oriximiná.
“Ariramba destaca-se quanto à riqueza natural, diversidade de rios, lagos e florestas, conservação dos recursos naturais, manutenção de costumes, e, economicamente, por ser de extrema relevância para os municípios da região, pois é atualmente grande fornecedora de produtos agroextrativistas, especialmente derivados da mandioca, açaí e castanha-do-pará”, explica o coordenador do projeto, Prof. Dr. Antônio Humberto Hamad Minervino, docente do Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef).
Para a primeira fase do projeto, foi realizada, em abril deste ano, uma expedição em campo para investigar um elemento de alta relevância e que pertence à sabedoria dos povos tradicionais: as plantas medicinais. O levantamento etnofarmacológico teve o intuito de descrever a riqueza de plantas, métodos, práticas de cura e a relação da comunidade com a biodiversidade, destacando o uso das plantas na manutenção da saúde e na identidade cultural dos quilombolas.