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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 7 de Novembro de 2024 às 10:24

Ufopa 15 anos: Conheça a história da 1ª universidade pública sediada no interior da Amazônia


A criação da Ufopa faz parte do programa de expansão das universidades federais; é fruto de cooperação entre o Ministério da Educação (MEC) e a Universidade Federal do Pará (UFPA) para ampliação do ensino superior na Amazônia.

A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) nasce em um contexto político e educacional relacionado às políticas de expansão e organização do ensino superior, considerando as diretrizes internacionais ditadas pela Unesco (1998) e contidas na Declaração Mundial sobre Educação Superior no Século XXI. A Ufopa foi criada pela Lei nº 12.085, de 5 de novembro de 2009, por desmembramento e integração dos campi da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), em Santarém, como parte do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) - Decreto nº 6.096/2007). Foram nomeados o professor da UFPA José Seixas Lourenço e a professora Raimunda Nonata Monteiro, da Ufra, para assumirem, respectivamente, a reitoria e vice-reitoria pro tempore da Ufopa.

 

Governadora Ana Júlia Carepa, ministro da Educação Fernando Haddad e vice-presidente José de Alencar
durante assinatura da lei de criação da Ufopa, 5 de novembro de 2009, em Brasília (DF). Foto: Arquivo.

 

O primeiro processo seletivo para ingresso de estudantes nos cursos de graduação ocorreu em 2010, sob a responsabilidade da UFPA, com 340 vagas distribuídas em oito cursos de graduação herdados em sua criação: Direito, Ciências Biológicas, Pedagogia, Letras – Língua Portuguesa, Física Ambiental, Matemática, Geografia e Sistemas de Informação; e mais 30 vagas ofertadas pela Ufra no curso de Engenharia Florestal. Nesse mesmo ano, a Ufopa aderiu ao Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), ofertando cursos de licenciatura em Santarém, nos municípios onde seriam instalados os campi e no município de Almeirim.

Em 2011, foi realizado o seu primeiro processo seletivo próprio para os cursos de graduação utilizando as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Inicialmente, a Ufopa apresenta-se com uma proposta acadêmica inovadora pautada nos princípios da interdisciplinaridade, da flexibilidade curricular, da formação continuada e da mobilidade acadêmica, com uma formação em ciclos.

A Universidade foi organizada nas seguintes unidades acadêmicas: Centro de Formação Interdisciplinar e em institutos temáticos: Instituto de Engenharia e Geociências, Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas, Instituto de Ciências da Sociedade, Instituto de Ciências da Educação e Instituto de Biodiversidade e Florestas.

Nos primeiros anos de funcionamento, a instituição contava com 44 cursos de graduação com alunos vinculados, sendo 19 bacharelados específicos, 4 (quatro) licenciaturas integradas, 10 (dez) licenciaturas, 6 (seis) bacharelados interdisciplinares e 5 (cinco) licenciaturas financiadas pelo Parfor. Além desses, encontravam-se em funcionamento na Instituição 6 (seis) cursos de mestrado, 2 (dois) de especialização e 2 (dois) de doutorado.

Em 2012, a Ufopa obteve a aprovação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para ofertar o primeiro curso de doutorado interdisciplinar da Instituição, na área de Sociedade, Natureza e Desenvolvimento, e para realizar, em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), um Doutorado Interinstitucional (Dinter) em Educação. No ano seguinte, promoveu a aula inaugural do seu primeiro curso de doutorado.

Em 2013, a Ufopa apresentou o primeiro Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2012-2016), aprovou no Conselho Universitário (Consun) o Estatuto Geral da Universidade, criou o Instituto de Saúde Coletiva (Isco). Realizou a primeira consulta à comunidade acadêmica para a escolha de reitor e vice-reitor, sendo eleitos a professora Raimunda Nonata Monteiro e o professor Anselmo Alencar Colares, empossados em 2014.

Nesse ano, foi realizada a reestruturação administrativa e didático-pedagógica da Universidade, modificando a organização de unidades administrativas. Realizou-se eleição para a escolha dos membros dos Conselhos Superiores e para a direção dos institutos e foi iniciado o processo de recredenciamento da Instituição.

Em 2015 foram ofertadas vagas para os cursos de graduação nos campi de Oriximiná e Óbidos, e em 2017, nos campi de Alenquer, Juruti, Itaituba e Monte Alegre. Em 2016, a Instituição recebeu a visita da comissão de avaliação externa do MEC como parte do seu processo de recredenciamento, pela qual foi avaliada com nota 4 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em 12 de julho de 2018, foi publicada a Portaria nº666/2018, que recredencia a Ufopa por mais oito anos.

Em 2017 foi realizada a segunda consulta para os cargos de reitor e vice-reitor, sendo eleitos o professor Hugo Alex Carneiro Diniz e a professora Aldenize Ruela Xavier. No período de 2018 a 2022, concentrou-se grande esforço na implantação da estrutura física, com a construção do Restaurante Universitário, dos prédios administrativos do Bloco Modular do Tapajós I e II, o Núcleo de Salas de Aula e o Núcleo Tecnológico de Laboratórios; e, nos campi, com a construção dos prédios de Juruti, Alenquer, Itaituba. Nesse período, a Instituição enfrentou os desafios impostos pela pandemia de covid-19, que obrigou a Instituição a suspender o atendimento presencial e desenvolver as suas atividades administrativas e acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão por meio de teletrabalho e remoto.

No final de 2021, ainda durante a pandemia, foi realizada a consulta à comunidade para eleição da nova reitoria, que assumiu em 2022, com o desafio de realizar a retomada das atividades presenciais, ocorrida em agosto deste ano. Nesse mesmo ano, iniciou-se o processo de elaboração do PDI 2024-2031 e em 2023 foi criado o Instituto de Formação Interdisciplinar e Intercultural.

Fonte: Plano de Desenvolvimento Institucional da Ufopa (2024-2031)

 

Antes da Ufopa: UFPA e Ufra em Santarém

UFPA Santarém – Em 14 de outubro de 1970, através da Resolução nº 39/70-Consep, foi criado o Núcleo de Educação da Universidade Federal do Pará (UFPA) em Santarém. No ano seguinte, começou o processo de interiorização dos cursos de graduação em Santarém. Inicialmente, foram ofertados cursos de licenciatura de curta duração nos anos de 1971 a 1973, funcionando na Escola Estadual "Álvaro Adolfo da Silveira".

Em 1980, o Núcleo de Educação foi reativado, ofertando a complementação dos estudos existentes anteriormente e iniciando novas turmas de licenciatura curta entre 1980 e 1983. A Prefeitura Municipal de Santarém cedeu à UFPA a Escola Municipal "Everaldo de Souza Martins", atual Unidade Rondon da Ufopa. A universidade, então com estrutura, a partir de 1983, por meio de um convênio com a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), deu início ao curso de Licenciatura Plena em Pedagogia em caráter permanente.

Em 1985, a UFPA iniciou um processo de discussão interna para intensificar as ações de ensino, pesquisa e extensão universitária no interior do estado do Pará. O Programa de Interiorização da UFPA possibilitou a implantação de oito campi universitários no interior do estado em municípios considerados polos de desenvolvimento: Abaetetuba, Altamira, Bragança, Cametá, Castanhal, Marabá, Santarém e Soure.

À época da criação da Ufopa, o Campus Santarém da UFPA ofertava os cursos de graduação em Biologia, Direito, Física Ambiental, Geografia, Letras, Matemática, Pedagogia e Sistemas de Informação, além do mestrado em Recursos Naturais da Amazônia (PPGRNA), todos incorporados ao quadro de cursos da nova universidade.

 

Entrada do Campus Santarém da UFPA, atual Unidade Rondon.
Foto: Arquivo.

 

Ufra Tapajós – No início de 2003 foi criada a Unidade Descentralizada Tapajós da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), em Santarém, com a primeira turma do curso de Engenharia Florestal, incorporado aos cursos do Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef) da Ufopa.

A Ufra Tapajós foi implantada nas antigas instalações do Centro de Tecnologia Madeireira, criado em 1958 como unidade descentralizada do Departamento de Recursos Naturais da Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Atualmente as instalações ocupadas pela Ufra em Santarém formam a Unidade Tapajós da Ufopa.