Ultima atualização em 13 de Dezembro de 2019 às 10:48
A palestra “Experiências da creditação para cursos de licenciaturas interdisciplinares”, proferida pelo professor Dr. Daniel Pansarelli (Universidade Federal do ABC - UFABC) no auditório Wilson Fonseca nesta quinta-feira, 12 de dezembro, debateu no âmbito da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) as possibilidades das ações que devem ser direcionadas ao público que não conseguiu ingressar na Universidade.
Denominado 1º Encontro da Creditação, o evento integra a programação do I Seminário Integrado de Cultura e Extensão (Seic) que ocorre de 11 a 13 de dezembro na Unidade Rondon, promovido pela Pró-Reitoria da Cultura, Comunidade e Extensão (Procce) por meio das diretorias de Extensão e de Cultura.
“Extensão não é apenas informação, comunicação ou prestação de serviços”, alertou Pansarelli. Ele seguiu sua fala destacando o que é e o que não é extensão universitária. Questionou: “Qual é o diferencial que a extensão tem e que o ensino e a pesquisa não possuem?”; e completou: “Ensino extraclasse não é extensão”. Para Pansarelli, extensão faz sentido quando “coloca em diálogo com os saberes gerados dentro da universidade pessoas que não são atendidas pela instituição”. Concluiu ressaltando o papel do protagonismo discente e da comunidade no processo.
Extensão na Ufopa - Na Ufopa, a diretoria de Extensão da Procce é responsável pela organização e coordenação das ações de extensão. Em 2019, o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) aprovou a Resolução nº 301/2019, que “regulamenta como deve ser a iserção da extensão nos currículos de todos os cursos de graduação da universidade; sejam os cursos da sede, dos campi, dos diferentes institutos, todos eles terão que, a partir dessa Resolução, inserir 10% de atividades de extensão na carga horária dos cursos”, afirmou o pró-reitor da Cultura, Comunidade e Extensão (Procce), Marcos Prado. “Vamos iniciar uma rodada de discussões, inclusive com visitas aos institutos e aos campi, para esclarecer sobre essa resolução. Temos que considerar a realidade de cada curso, considerar também os pontos de vista de cada núcleo docente estruturante para que os pormenores sejam construídos coletivamente, respeitando cada uma dessas realidades”.
A diretora de Ensino da Ufopa, Kátia Correa, esclarece que, para cumprir a resolução prevista no PNE, é necessário reestruturar os PPCs dos cursos: “Uma vez que nós estamos falando da curricularização da extensão, estamos falando também da restruturação dos PPCs, que terão de se adequar para que cumpram o que determina a Resolução nº 7. Essa palestra complementa o que nós iniciamos no início deste ano, com a realização do Fórum Integrado de Graduação, ocorrido em junho, que iniciou um importante debate sobre a reestruturação dos PPCs para definir regras para a curricularização e creditação das ações de extensão”.
A Resolução nº 7/2018 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior (CNE/CES) do Ministério da Educação (MEC), prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), determina que pelo menos 10% do conteúdo das disciplinas ofertadas nos cursos de licenciatura e bacharelado das instituições de ensino superior públicas e privadas sejam destinados à comunidade externa por meio de projetos de extensão. A resolução determina ainda que esses conteúdos estejam previstos nos projetos pedagógicos dos cursos (PPCs) como componentes curriculares.
Lenne Santos - Comunicação/Ufopa
13/12/2019
