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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 2 de Outubro de 2019 às 11:38

Alunos de Engenharia Florestal têm aula de campo na APA de Alter do Chão


Um bate papo com o brigadista João Romano, que foi um dos primeiros a chegar à área de preservação ambiental (APA), de Alter do Chão, que teve 1.175 hectares de floresta destruídos por um incêndio florestal, deu início às atividades da aula de campo dos cerca de 30 alunos da turma 2016 do curso de Engenharia Florestal do Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef) da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), realizada nesta quarta-feira, 25, em Alter do chão, a 34 quilômetros de Santarém.

Romano explicou aos alunos as estratégias utilizadas pelas cerca de 200 pessoas - incluídos aí os brigadistas voluntários da Brigada de Alter - que atuaram no combate aos focos de incêndio. A Brigada de Alter é formada por 25 voluntários; foi criada em 2017 e efetivada em 2018, quando seus integrantes passaram pelo primeiro curso de formação. No período de 14 a 17 de setembro o fogo se alastrou pela APA, atingindo também áreas mais afastadas da vila de Alter do Chão. De acordo com o Centro Municipal de Informação e Educação Ambiental (Ciam) da Prefeitura de Santarém, a área devastada equivale a mil campos de futebol. “Além dos equipamentos como abafadores, bombas, drones etc., utilizamos a internet para auxiliar no combate ao fogo, como por exemplo o Google Maps e a rede social para divulgar informações sobre a ação”, afirmou Romano.

A Brigada de Alter é mantida por meio de doações coletivas arrecadas em campanhas nas redes sociais. Os recursos são utilizados principalmente para a compra de equipamentos. Em breve estará integrando a Rede Nacional de Brigada Voluntária.

Serra da Piraoca – Após o bate-papo, os alunos, sob a orientação da professora Daniela Pauletto (Ibef) e guiados pelo brigadista, subiram a serra da Piraoca para observar lá de cima os estragos deixados pelo fogo. Ao chegar lá em cima, Osvaldo Júnior se disse duplamente impactado: “Sensação revigorante de olhar a bela paisagem lá do alto, e logo em seguida veio a triste sensação de ver a área queimada”.

A estudante Cláudia Brandão ressaltou a importância da atividade para a formação dos futuros engenheiros florestais: “Ver de perto o que acontece nos incêndios florestais é um conteúdo a mais para se preparar para atuar na prevenção e combate”.

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Caminhada na trilha até o topo da serra

 

APA - Já passava das 14 horas quando os alunos seguiram de bajara (embarcação) para um dos trechos da APA atingidos pelo incêndio. “Vamos até a área para mensurar o impacto do fogo na vegetação. Devemos ter outras aulas práticas para verificar as árvores que sobreviveram, as que estão mortas, a vegetação rasteira que foi queimada, para então termos uma ideia do que foi carbonizado”, afirmou a professora Daniela Pauletto. Os alunos devem retornar à APA para uma segunda aula de campo, no próximo dia 9 de outubro.

O curso de Engenharia Floresta (Ibef) é o único a ofertar a disciplina Incêndios florestais: “Esta disciplina tem uma grande importância, porque não aborda apenas fogo na vegetação nativa, mas também queima controlada, que é uma prática utilizada pelos agricultores”. A professora Pauletto defende que o conteúdo desta disciplina deveria ser ampliado para outros cursos, dada a relevância do tema.

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Turma 2016 do curso de Engenharia Florestal

 

Lenne Santos - Comunicação/Ufopa

26/9/2019, com atualização em 2/10/2019.

 

 

Brigadista mostra aos alunos a área vista de cima. Fotos: Lenne Santos, 25/9/2019.

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