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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 3 de Maio de 2019 às 13:43

Diálogo e consenso marcam mudança das unidades acadêmicas para novo BMT


Ainda no primeiro semestre deste ano, outros três institutos estarão ocupando espaços no BMT.

Prestes a ser inaugurado, um dos maiores sonhos da comunidade acadêmica da Ufopa já começa a ter seus espaços ocupados. A parte concluída do Bloco Modular Tapajós (BMT) será entregue oficialmente a partir das 16h30 desta sexta-feira, 3 de maio de 2019. A primeira unidade acadêmica a iniciar a mudança foi o Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA). A sala de reuniões dos conselhos superiores também funcionará no novo espaço.

O processo de mudança começou na quarta-feira passada, 24 de abril, e até a conclusão da transferência de toda a estrutura que estava distribuída no prédio anexo da Unidade Amazônia, deverá levar aproximadamente 60 dias, segundo o diretor do ICTA, Lucinewton Silva de Moura. O ICTA vai ocupar parte do primeiro e do segundo pisos, com laboratórios. O terceiro funcionará com salas de aula e o quarto será destinado a salas da direção e do setor administrativo.

Lucinewton falou da satisfação por esta mudança estar ocorrendo na gestão dele, mas lembrou da luta das direções anteriores, iniciada em 2012, quando o prédio começou a ser projetado. “Atualmente, a gente está articulando junto com a vice-reitora Aldenize e a arquiteta Layse. Já tivemos uma série de rodadas de negociações, que tinham que atender a vários interesses de institutos, mas acho que hoje chegamos a um consenso. De certa forma foram estabelecidos uns acordos e feitos ajustes internos; mas, como disse a professora Aldenize, o ICTA estava mais próximo da realidade de mudar, por todo seu processo histórico, além de estarmos desocupando um espaço alugado, o que ajuda muito na redução de despesas”.

O ICTA é composto por 52 professores, 32 técnicos administrativos e aproximadamente 600 alunos, atendidos por 5 cursos de graduação e um de mestrado.

Ibef – O processo de negociação também é visto com muita tranquilidade pela direção do Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef). A diretora, Alana Lima da Silva, elogiou o entendimento entre Administração Superior e institutos, que vem ocorrendo de forma pacífica. “Os institutos estão tendo suas necessidades atendidas. A negociação, que iniciou na gestão passada, foi mantida, com alguns ajustes, mas reconhecemos o esforço da vice-reitora Aldenize e da arquiteta Layse em nos atender”.

O Ibef, que hoje funciona com cinco cursos, agrega 73 professores, 38 técnicos administrativos e aproximadamente 800 alunos. Por ser um dos institutos que dispõem de estrutura própria, deve continuar ocupando as mesmas salas de aula do Bloco de Salas Especiais (prédio conhecido como "Laranjão"); deve manter as salas de professores, direção do instituto e de outros espaços. Na atual estrutura do BMT, serão destinados apenas espaços para laboratórios.

O Laboratório do Ibef, atualmente instalado na Unidade Rondon, também irá para o Tapajós, proporcionando ao Instituto de Ciências da Educação (Iced) adequações nos seus espaços.

IEG – O Instituto de Engenharia e Geociências (IEG) é outro a ser beneficiado com a conclusão desta primeira fase do BMT. O diretor Júlio Tota explicou que todos os setores que hoje ocupam o Laranjão serão destinados ao Bloco Modular.

Tota ressaltou que o instituto que dirige está satisfeito com o resultado das negociações e por a Reitoria atual estar levando em conta as pactuações feitas com a gestão anterior. Falou ainda da satisfação de estar mudando para um local que representa a consolidação dos laboratórios, que passam a atender às exigências do Ministério da Educação: “Estamos bem satisfeitos, porque saiu o prédio e a gente vai poder consolidar os laboratórios que estavam para ser consolidados. A gestão atual manteve a pactuação passada, apesar de alguns ajustes, que foram até benéficos. No resumo, está sendo excelente oportunidade para os institutos estabelecerem alguns laboratórios e para que seus espaços se consolidem com isso”.

O IEG conta com 79 professores, 21 técnicos administrativos e aproximadamente 1.200 alunos. Oferta 10 cursos, sendo 9 superiores e uma pós-graduação. Os espaços que o instituto irá ocupar no BMT serão destinados a quatro salas de aula e dois laboratórios, que atualmente funcionam na Unidade Amazônia, além das coordenações de curso, da parte administrativa e acadêmica, que estão no Laranjão. “A receptividade dos alunos e servidores, com a mudança, está sendo vista com bons olhos, devido a nos alocarmos muito próximo um do outro. Temos um vínculo bem mais fácil, a partir desta mudança. Vai acabar esse deslocamento entre Amazônia e Tapajós, que hoje se faz necessário mas dificulta nossas ações”.

Isco – Para o diretor do Instituto de Saúde Coletiva (Isco), Wilson Sabino, a expectativa é grande, uma vez que, desde que o Isco foi criado, nunca teve um espaço adequado para se trabalhar: “A mudança vai ser de suma importância, pois teremos mais integração com as salas de aula próximas dos laboratórios e do corpo administrativo. Vamos evitar os deslocamentos entre as unidades, a logística será bem melhor, além da qualidade de vida e saúde do trabalhador, que será favorecida”.

O Isco irá funcionar no BMT com três salas de aula, todo o administrativo, sala de direção e coordenações de cursos. É composto por 25 docentes, 15 técnicos administrativos e 375 alunos, distribuídos em 3 cursos de nível superior. “Vamos nos ajustar até que saia o outro prédio. Sair do aluguel é melhor, ainda mais com as contingências advindas do atual Governo Federal. É o momento de todos contribuirmos para minimizar esses efeitos e que os recursos possam ser direcionados mais para a área acadêmica”.

Outros setores realocados – Os espaços do Bloco de Salas Especiais serão ocupados ainda por setores atualmente alojados no 5° andar da Unidade Amazônia, além de setores de outros andares: do Instituto de Ciências da Sociedade (ICS) – Programa de Arqueologia e Antropologia – e da Biblioteca, que ampliará seus espaços na Unidade Tapajós para receber o acervo do Amazônia.

Reitoria e Sinfra mantêm diálogo com unidades acadêmicas – O superintendente de Infraestrutura (Sinfra), Vítor Viana, explicou que a mudança da Unidade Amazônia para o BMT está sendo planejada há alguns meses. A Sinfra e a Reitoria têm trabalhado na elaboração das propostas de layouts, sem perder de vista critérios técnicos que garantam segurança, conforto e acessibilidade aos usuários.

“Nos preocupamos em garantir ao máximo o que foi pactuado pela gestão anterior com os institutos. Contudo, como o objetivo atual é desocupar os espaços alugados e consequentemente otimizar nosso orçamento, tivemos de reorganizar as propostas para alcançar tal objetivo e essa reorganização está sendo realizada em parceria com os institutos. Esse trabalho é muito complexo, mas os institutos estão colaborando”, garantiu Viana.

O superintendente assegurou que, ainda neste primeiro semestre, o setor administrativo do IEG desocupará grande parte das salas do Laranjão e seguirá rumo ao BMT: “A partir deste período, estarão funcionando também as 16 salas de aula. Os setores administrativos do Isco também serão contemplados. Paralelamente a estas ações, ocorre a definição dos laboratórios, que já estão com equipamentos e infraestrutura previstos e devem estar em funcionamento já no início do segundo semestre letivo de 2019”.

Para explicar a ocupação dos novos espaços, a vice-reitora da Ufopa, Aldenize Xavier, que trabalha com uma equipe de servidores, mantém o foco nas respostas aos seguintes questionamentos: Qual nossa estratégia? O que queremos como comunidade? No que precisamos evoluir como instituição? Quais os nossos resultados?

Xavier enfatizou que, antes de pensar em toda a burocracia envolvida em obras – o que é um problema grave da administração pública –, é preciso focar no público alvo: “Nossos alunos precisam de sala de aula digna, nossos professores de espaços para fazer e divulgar ciência de qualidade, e nossos técnicos das condições para tornar tudo isto possível. Focar nossos resultados nas necessidades de nossa comunidade é o mais importante. Precisamos sair do hotel e ir para nossa casa, para o nosso lar, onde seremos produtivos, felizes e teremos condições de mudar nossa região”. Ela assegurou serem esses os desejos e lutas da gestão, antes mesmo da necessidade de falar em licitação, restos a pagar, atraso de obra e tantas outras coisas.

Transporte para a inauguração – A Coordenação de Transportes da Ufopa irá disponibilizar ônibus para levar alunos e servidores interessados em prestigiar o evento. A saída será às 16h desta sexta-feira, 3, das unidades Amazônia e Rondon. Após o encerramento da cerimônia, os mesmos coletivos estarão disponíveis para levar os usuários à unidade de onde se deslocaram.

Alteração na rota – Este é um tema que pode causar preocupação aos estudantes e servidores que se mudarão para o novo prédio, e já vem sendo tratado com prioridade pela Administração Superior, uma vez que a mudança não é apenas para um novo endereço, mas também altera a rotina de alunos e servidores no deslocamento para um lugar onde há poucas opções de transportes coletivos públicos.

A partir do dia 20 deste mês de maio, o Intercampus, que faz a rota nas três unidades da Ufopa no Campus Santarém – Rondon, Amazônia e Tapajós –, começará a circular fazendo o deslocamento de quem necessita apanhar ônibus ou outros transportes em locais mais afastados do Tapajós. 

O coordenador de Transportes, Marcelo Almeida dos Santos, explicou que a ideia é que os usuários não necessitem caminhar até uma parada mais distante, expondo-se a alguma situação de risco. “Faremos viagens, durante todo o dia, da Unidade Tapajós até uma parada da Avenida Cuiabá com a Avenida Tapajós, de onde as pessoas podem pegar transportes para suas residências, sem o risco de caminhar pelas ruas próximas ao Tapajós e sem se expor a situação de violência”.

Essas viagens só ocorrerão da Unidade Tapajós para a Av. Cuiabá, por ser o único prédio da Ufopa com localização mais isolada. As demais estruturas, Amazônia e Rondon, não apresentam essa necessidade, por estarem em áreas mais povoadas e acessíveis a transportes públicos.    

Albanira Coelho Comunicação/Ufopa

2/5/2019

Foto: Bartolomeu Rodrigues (estagiário)

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