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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 25 de Maio de 2018 às 11:01

Entrevista com pró-reitor Domingos Diniz (Proppit)


Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica (Proppit)

A Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica (Proppit) é um órgão executivo da Administração Superior da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), responsável pela definição de políticas e elaboração de metas para a pesquisa, a pós-graduação e a inovação tecnológica. À frente da Proppit está o Prof. Dr. Domingos Luiz Wanderley Picanço Diniz.

Estão diretamente ligados a esta pró-reitoria a Diretoria de Pós-Graduação, cuja diretora é a Prof. Dra. Lenise Vargas Flores da Silva (ICTA), e a Diretoria de Pesquisa, cujo responsável é o Prof. Dr. Gabriel Brito Costa (IEG).

Funcionando atualmente no edifício localizado na Avenida Mendonça Furtado, nº 2440, a Proppit conta hoje com 32 servidores e é responsável diretamente por dois cursos de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação Doutorado em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento (PPGSND) e Programa de Pós-Graduação em Biociências (PPGBio, mestrado).

De acordo com levantamento feito até o mês de abril de 2018, a Proppit registra 487 alunos regularmente matriculados na pós-graduação, sendo 310 de mestrado e 98 em nível de doutorado. A Ufopa herdou o Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia (PPGRNA, mestrado), ativo desde 2009, e em 2012 iniciou a oferta de seus cursos stricto sensu. De lá para cá registra 321 concluintes.

Nesta entrevista, o pró-reitor Domingos Diniz esclarece o papel da Proppit, apresenta algumas das futuras ações da pró-reitoria e fala dos desafios de sua gestão. 

1) Qual o papel da sua pró-reitoria no âmbito da gestão da Ufopa?

O papel da Proppit é promover, apoiar e gerenciar ações relacionadas às atividades de pesquisa, tecnologia e inovação. Tem como meta principal alavancar o crescimento dessas três atividades e, nesta gestão particularmente, a Proppit tem uma missão maior que é articular uma integração com as pró-reitorias de Ensino de Graduação (Proen) e da Comunidade, Cultura e Extensão (Procce) para que sejam estabelecidos programas que garantam o atendimento e a execução de atividades que cumpram o objetivo fim da Universidade, que é a oferta de ensino, pesquisa e extensão de forma indissociável.

O campus de Oriximiná, por exemplo, vem desenvolvendo, desde 2008, pesquisa integrada ao ensino e à extensão escolar. Ou seja, uma integração com a escola básica, com o objetivo principal de melhorar a qualidade do ingresso nas universidades públicas. Podemos citar a realização, em 2008 e 2012, de duas reuniões regionais da SBPC no município que foram motivadas por esse trabalho.

A partir desse modelo, desse trabalho que já existe como uma experiência de sucesso, estão sendo elaborados estudos que vão apresentar resultados quantitativos de eficácia dessa iniciativa. A ideia é usarmos as engrenagens que já estão em funcionamento e adequar para a amplitude de toda a Universidade.

2) Há uma oportunidade importante para alavancar a pesquisa integrada à extensão que ainda é muito tímida na Ufopa. Como se daria isso?

Isso se daria a partir da ampliação da parceria com as escolas, não só de Santarém, mas integrando toda a universidade multicampi, fazendo o que chamaríamos de “extensão escolar”, em que o objetivo é fazer a popularização da ciência com eventos ligados à escola básica, através da inclusão científica com iniciação científica ligada à escola básica, como resultado não só de integração com os cursos de graduação, mas também com os cursos de pós-graduação.

Essa integração se dará por uma pirâmide acadêmica de formação, onde o docente pesquisador, no topo da pirâmide, disponibiliza seu quadro de orientandos da pós-graduação para a iniciação científica de alunos do ensino médio e fundamental, constituindo uma pirâmide de formação que ofereça produtividade tanto para o curso de graduação quanto para a escola básica, melhorando o acesso do aluno que vem da escola básica, do aluno que entra na pós-graduação pela iniciação científica na graduação, e melhorando a formação do mestre enquanto docente, o que é uma grande deficiência do quadro nacional de pós-graduação.

3) Quais os principais desafios desta pró-reitoria para esta gestão?

O dever da Proppit vai além da gestão interna, no sentido de buscar recursos fora da Universidade, criar mecanismos de cooperação interinstitucional com redes de pesquisa, de formação e de pós-graduação.

Outro desafio é eliminar uma série de editais fragmentados, com apoios em separado, e reunir esses editais num só programa mais robusto, com uma monta de recursos muito maior, que não sairão dos cofres da Universidade. Além disso, adicionar à inovação tecnológica parceria com a sociedade em geral, com empresas, não só de médio e grande porte, mas também com os microempresários e os setores produtivos, principalmente aqueles da agricultura familiar. São segmentos que vão ter atendimento direto, agora com a instalação do escritório de projetos e do serviço de inovação tecnológica.

A Fazenda Experimental, o Abaré e a Estação de Curuá-Una também são alternativas para os investimentos e apoio junto ao setor privado e aos agricultores familiares, no sentido de ampliar o atendimento da Ufopa para a sociedade em geral.

4) Quais são as outras atribuições da Proppit?

A Proppit faz a interface entre a Universidade e as agências de fomento de pesquisa, como o CNPq, a Finep e a Fapespa, entre outras, além dos setores que controlam, normatizam e avaliam programas de pós-graduação e que podem trazer recursos para pesquisa e para formação acadêmica, por meio de programas como o Pibic, Pibid e o Pibex. Em nível de pós-graduação, disponibilizado por agências de fomento como a Fapespa, possibilitar estágios de pós-doutoramento, que também são apoiados pela Capes e pelo CNPq, e fomentar programas que envolvam a visita de pesquisadores e trabalhos com maior densidade como, por exemplo, de pesquisadores aposentados, que já trabalharam e podem dar sua contribuição como bolsistas na qualidade de pesquisadores seniores.

5) Alguma mudança será implantada na sua gestão à frente desta pró-reitoria?

Estamos revendo a agenda herdada da gestão anterior, por conta da fragmentação de editais e também do desenho, em que a dependência dos recursos da matriz orçamentária institucional é total. A gente entende que a Proppit tem que buscar recursos próprios fora e usar o mínimo possível dos recursos da Universidade.

Estamos tentando tornar uma agenda de eventos como a Semana Acadêmica uma semana que, de fato, se concentre em dar resultados positivos a quem a visita e a quem a utiliza como processo de difusão científica. Tal como está, não atende de forma focal o desenvolvimento da difusão científica a partir da Universidade. Hoje a Semana Acadêmica é um megaevento em que a produtividade científica é muito baixa.

O que estamos pensando é buscar recursos para fazer eventos que não atrapalhem o calendário acadêmico da graduação, que não precisem interromper a atividade letiva. Vamos ter mais eventos do que temos hoje, mas esses eventos não vão implicar em ônus para o ensino.

O direcionamento da Semana Acadêmica, incluindo os campi de fora da sede, passa pela injeção da tecnologia dentro do evento, fazendo interconexão entre os campi por meio de videoconferências. Outra alternativa seria tornar esses eventos itinerantes, permitindo que a experiência de intercâmbio se procedesse em cada campus e não exclusivamente na sede, para que a Ufopa se transforme realmente numa universidade multicampi.

6) Quais são as ações que estão sendo preparadas pela pró-reitoria?

Nosso carro-chefe das mudanças é o Programa Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão (PEEX), que vai acomodar vários projetos. Pretende-se que seja permanente. Além disso, mandamos uma proposta de cooperação entre a Ufopa e as Escolas Técnicas do Estado. A proposta é que a Ufopa consiga auxiliar e tenha um melhor aluno ingressando no seu quadro, quando no futuro esses alunos puderem ou estiverem cativados para cursar uma universidade pública. Além disso, aqueles alunos estarão mais bem preparados tecnicamente, caso queiram seguir a sua profissão ainda no ensino médio. Será um programa importante, porque trabalha o tripé ensino, pesquisa e extensão de forma integrada e, em contrapartida, estará ajudando no estágio supervisionado profissionalizante da escola técnica de ensino médio.

Existe ainda a necessidade de integrar os comitês de avaliação da Capes com os programas de pós-graduação para que essas conversas sejam em uníssono e que possamos, a partir daí, ter projetos de pós-graduação com sucesso, sendo executados, e uma projeção linear no sentido de que esses programas possam sair do início de 3 e possam seguir rumo à excelência da pós-graduação para se tornar 7.

Serviço: Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica (Proppit)

Pró-reitor: Prof. Dr. Domingos Diniz

http://www.ufopa.edu.br/proppit

proppit@ufopa.edu.br

Endereço: Avenida Mendonça Furtado, 2440 - Bairro Aldeia, Santarém, PA

Telefone: (93) 2101-6633 (Secretaria)

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