Ultima atualização em 22 de Abril de 2021 às 13:32
A Oficina Devolutiva do Diagnóstico Social do Residencial Salvação é voltada aos moradores do local. Será feita de forma remota, pelo Google Meet, no dia 26 de abril, das 19h às 21h.
A coleta de dados desse diagnóstico foi realizada ao longo de 2019 como atividade da disciplina Interação da Base Real do Instituto de Saúde Coletiva, ministrada a alunos do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde (turma noturno de 2019) pelo professor Rui Harayama.
O diagnóstico foi feito a partir de metodologia ativa de ensino, em quatro eixos: 1. Reconhecimento da área e conversa com lideranças; 2. Entrevistas qualitativas realizadas com moradores; 3. Aplicação de 80 questionários de forma amostral em todos os blocos do residencial; e 4. Análise com os dados obtidos e dados secundários sobre a área e região.
Nas entrevistas, houve o levantamento sobre o histórico de vida, avaliação das políticas públicas e desejos que os moradores têm para a melhoria da região. De acordo com o professor Harayama, a partir das entrevistas foi elaborado um questionário de 134 perguntas sobre estilo de vida (lazer, consumo, etc.), aspectos socioeconômicos (ocupação e quantidade de habitantes na casa), avaliações sobre a qualidade de vida e dos equipamentos públicos. “O objetivo desse diagnóstico é trazer elementos para a análise das especificidades da região, e elencar problemas para serem priorizados juntamente com os próprios moradores”, destacou o professor.
Para o acadêmico Marcos Bruno Mota de Sousa, integrante da equipe que mediará a oficina, "o momento da devolutiva é importante para que os moradores do Residencial Salvação e lideranças compreendam a seriedade do ensino e extensão realizados pela Universidade, após o fortalecimento do vínculo, diálogos e pesquisas realizados desde 2019".
A acadêmica Dalzanira de Abreu Tenorio informou que alguns dados coletados, como os relativos aos equipamentos públicos, aparentam contradições. “Ao mesmo tempo em que são citados como ausentes, são avaliados como bons. Isso pode ser reflexo da ausência de políticas de promoção de cidadania. O morador nem sempre sabe a que tipo de serviços ele tem direito", alertou. Esse diagnóstico deve subsidiar ações de intervenção previstas para o segundo semestre de 2021, ainda na programação da disciplina.
Na oficina do dia 26, os acadêmicos do curso do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde vão apresentar os resultados da atividade acadêmica, apontando problemas que devem ser discutidos e priorizados para pactuar futuras ações, principalmente quanto à saúde pública.
O evento é aberto a toda a comunidade, com prioridade para os moradores, trabalhadores e gestores do Residencial Salvação. Os interessados devem enviar e-mail para rui.harayama@ufopa.edu.br.
Comunicação/Ufopa
22/04/2021
