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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 31 de Agosto de 2023 às 16:39

Lançamento de livro lembra Dia Internacional da Superdotação


Artigos abordam a temática e sua relação coma educação inclusiva

“A Ufopa, enquanto instituição que tem buscado atender à diversidade, não poderia ignorar essa temática, e uma ação inicial neste sentido foi a criação, através da Portaria nº 20/2023, de um grupo de trabalho que tem, dentre outros objetivos, levantar uma discussão sobre o processo de inclusão das pessoas com altas habilidades ou superdotação na Ufopa e, por sua vez, no município de Santarém”. A afirmação é da Profa. Cláudia Figueira, do Instituto de Ciências da Educação (Iced), uma das autoras do livro “Amazônia: olhares para a educação e ensino”, organizado pela Profa. Dra. Rosineide Bentes, que será lançado nesta sexta-feira, 11 de agosto, as 19h, no auditório da Universidade do Estado do Pará (Uepa).

“No âmbito da pesquisa, resultante de projetos cadastrados na Propit/Ufopa pelos docentes Amadeu Cavalcante Júnior e Nelcilene Cavalcante, os artigos sobre a temática 'Caminhos da educação inclusiva no Pará: uma abordagem da legislação para o atendimento do superdotado' e 'Altas habilidades e superdotação: uma crítica da sociologia do Direito na análise da legislação oficial e suas ausências (2006-2013)' compõem a obra”, completou Cláudia.

O grupo de trabalho da Ufopa é formado por: Profa. Dra. Nelcilene Cavalcante (IFII), Profa. Dra. Tânia Brasileiro (Iced), Profa. Dra. Daiane Pinheiro (Iced), Profa. Dra. Arlene Dias (ICS), Profa. Dr. Celson Pantoja (IEG), Prof. Dr. Dércio Duarte (Iced) e Prof. Dr. Amadeu Cavalcante Júnior (ICS).

Sobre o dia internacional da superdotação – No dia 10 de agosto é comemorado o Dia Internacional da Superdotação, uma condição da neurodiversidade ainda invisível no Brasil. Apesar do mito de que o superdotado é apenas uma pessoa muito inteligente, há várias características que vão além do resultado de um teste de QI, sendo a inteligência acima da média apenas uma faceta dessa complexa condição, o que nem sempre é o único critério para identificá-la.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que aproximadamente 5% da população mundial sejam pessoas superdotadas, que nem sempre são identificadas e respeitadas nas suas características, resultantes de fatores genéticos e ambientais. Sem o conhecimento adequado dos profissionais da saúde e/ou educação, a condição das altas habilidades ou Superdotação pode ser confundida com transtornos, principalmente TEA e TDAH devido a algumas características como alto nível de energia psíquica e física, sensibilidades diversas, intensidade emocional e a possibilidade de isolamento social pela falta de pares, o que pode levar a crises de ansiedade e/ou depressão.

Portanto, apesar de essa condição não constituir um transtorno e não ter CID, engloba um público que pode apresentar vulnerabilidade quando as suas necessidades não são atendidas. Na falta de outra terminologia, o “super” culmina numa compreensão equivocada de que esse público não precisa de ajuda e adaptações, seja na escola ou mesmo na universidade, o que pode contribuir para profundo sofrimento psíquico.

“Na infância pode ocorrer recusa recorrente à escola, e no ensino superior, evasão ou mudança de um curso para outro. Daí a importância da identificação o mais cedo possível para que desfrutem de atendimento adequado e suas potencialidades não sejam desperdiçadas. No âmbito educacional, as pessoas com altas habilidades ou superdotação têm direito à educação especial da educação infantil ao ensino superior; porém, na prática, pesquisas expõem que, se considerarmos apenas os dados do Inep, temos milhões de crianças e adolescentes sem atendimento”, finalizou Cláudia.

Comunicação/Ufopa, com informações do Grupo de Trabalho Altas Habilidades e Superdotação
11/08/2023

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